Resenha | Corte de Espinhos e Rosas – Sarah J. Maas
“Ela roubou uma vida. Agora deve pagar com o coração.”
Estou confusa. De modo geral, posso dizer que não gostei muito do livro. Foi uma leitura bastante arrastada, que foi salva pelos 30% finais e também por um personagem em especial que tenho certeza que todos já sabem quem é, mas vou citar apenas depois. Neste livro, Sarah J. Maas acerta, mas no próximo capítulo dá dois passos para trás.
Feyre, a personagem principal não me cativou nenhum pouco, pelo contrário. A autopiedade dela me irritou bastante. Achei bastante forçado o fato da personagem ser completamente infeliz no início (sei que a Sarah fez isso propositalmente), mas mesmo assim, eu senti falta de um pouquinho mais de intensidade nela. Com exceção do início, no qual ela relutou e buscou um pouco de conhecimento na situação em que se encontrava, boa parte do livro ela foi bastante passiva, ficando às cegas, acomodada diante de uma situação que não lhe favorecia.
Sei que a mudança de realidade – ela ter saído de um lugar frio e sofrido – e se ver acolhida em um lugar magnífico, com pessoas dispostas a aceitá-la e a cuidar dela despertaram isso, mas vários outros mistérios e desconfortos estavam diante da personagem, mas ela resolveu ignorar e viver conforme era ditado.
Já Tamlin, o outro personagem principal, o único sentimento que ele me despertou foi sono. Hehehe, não quero ser injusta, mas é o tipo personagem que eu já estou bastante saturada, então foi difícil enfiar ele goela a baixo. O relacionamento entre ele e Feyre foi até divertido, me rendeu altas risadas – mas não de forma positiva. Pareceu tudo tão clichê e forçado que eu simplesmente não consegui acompanhar os dois, me senti deslocada no relacionamento deles. Tudo bem que no final, algumas coisas fizeram bastante sentido, mas isso não mudou o fato de que o início do livro foi bastante chato.
Para falar a verdade, o que mais me incomodou foi a autora ter criado um ótimo universo para história, backgrounds e personagens secundários muito cativantes, mas o foco ter sido o romance de dois personagens tão insossos.
Bom, mas eu dei três estrelinhas. Por quê? Vamos aos pontos positivos.
Primeiro, vamos falar do mundo criado pela Sarah. É incrível! As criaturas feéricas me deixaramm muito entusiasmada. A pele texturizada deles, umas ásperas, como tronco ou couro, outras mais aveludadas, as garras e as mutações. E aquelas criaturas sinistras do bosque? Faltou explorar mais isso. Toda vez que ela mostrava um pouquinho mais sobre esse mundo, meus olhinhos ficavam brilhando. Mas foi tão pouco… 🙁
Lucien foi um dos personagens responsáveis por eu dar continuidade à leitura, como adorei ele! Torcia pra ele estar mais presente, porque o humor dele era muito compatível com o meu em algumas partes. Ainda não perdoei a Sarah por ter feito tudo o que fez com ele. Que sofrência!
Agora, precisamos falar sobre Rhysand (vários suspiros). Sabe aquele personagem que quando aparece, simplesmente rouba a cena? É ele!!! A qualidade do livro poderia ter sido muito melhor se esse personagem desse mais as caras. É o tipo de mocinho extremamente fora do convencional (é isso que queremos ver!), que possui suas motivações e os seus próprios métodos. Foi o melhor personagem do livro, mesmo com as poucas aparições. Outras duas personagens que gostei bastante também foram Amarantha e Nestha.
O último terço do livro me deu fôlego para dar continuidade à história. O foco saiu do romance chatíssimo dos dois protagonistas e nós temos uma noção melhor da treta que está rolando no mundo dos feéricos. Com momentos de ação e revelações, pode-se dizer que fiquei até mesmo sem fôlego em determinadas situações. Com a forma que o livro terminou, o próximo livro promete, e muito!
“Agradeça por seu coração humano, Feyre. Tenha piedade daqueles que não sentem nada.”
Foi um começo difícil, porém promissor. Com muitas repetições desnecessárias. Com alguns capítulos extremamente dispensáveis e informações insistentes, dava para enxugar bastante o livro e não deixá-lo tão cansativo. A hype do segundo livro é muito grande e estou curiosa para verificar a evolução dessa história.
Título: Corte de Espinhos e Rosas #1
Autor: Sarah J. Maas
Ano: 2015
Editora: Galera Record
Páginas: 434
SINOPSE: Depois de anos sendo escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e coexistem com os seres místicos. Cerca de cinco séculos após a guerra que definiu o futuro das espécies, Feyre, filha de um casal de mercadores, é forçada a se tornar uma caçadora para ajudar a família. Após matar um féerico transformada em lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação.
Arrastada para uma terra mágica e traiçoeira que ela só conhecia através de lendas , a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la… Ou Tamlin e seu povo estarão condenados.
cotonho72
Olá Gisele,
Fico sempre com um pé atrás em relação a esse livro, sua resenha me tirou essas dúvidas e vou colocar na minha lista apesar das ressalvas……bjs.
http://devoradordeletras.blogspot.com.br/
Resenha: Corte de Névoa e Fúria – Sarah J. Maas – Blog Abdução Literária
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Gabrielle cordeiro
Estou arrastando nessa leitura, achei que om problema era eu , porque as amigas devoraram e aqui arrastando… Adorei Tamlin, mas achei o casa com Freyri forçado….
“Para falar a verdade, o que mais me incomodou foi a autora ter criado um ótimo universo para história, backgrounds e personagens secundários muito cativantes, mas o foco ter sido o romance de dois personagens tão insossos.” concordo plenamente. Também amo Lucien !
Realmente espero que o segundo volume seja melhor.